O concurso Casa 1.0 tem como principal objetivo criar lares que sejam fáceis de serem reproduzidos em série sem comprometer o conforto do usuário. De acordo com os dados revisados pela Fundação João Pinheiro, ano base de 2019, o déficit habitacional em todo o Brasil está em 5,8 milhões de moradias.
O projeto “Habitação 1.0”, criado pela ABCP em parceria com a ONG paulista Água e Cidade, e a Poli (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), prevê a construção de casas populares de 42 m² em concreto celular ou alvenaria estrutural, com blocos de concreto, com o custo direto de edificação de R$ 10 mil.
O projeto foi desenvolvido pela ABCP para ser uma alternativa para o problema do déficit habitacional do país e, por isso, já foi apresentado para o Governo Federal e para vários governadores.
Além de ter grande relevância social, o concurso divulgou o conceito de moradia popular e possibilitou a criação de ambientes humanizados para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Pessoalmente, tive o prazer de participar de uma das edições e ganhar uma menção honrosa pelo projeto criado.
Continue lendo para saber mais sobre o concurso Casa 1.0 e conferir como foi a minha participação.
Como surgiu o concurso Casa 1.0?
O concurso Casa 1.0 foi criado em 2001 durante o 4º Seminário da Indústria Brasileiro da Construção (Construbusiness).
A decisão de focar em casas populares se deu pelo déficit de moradias da época, que era de 6 milhões de residências, conforme a Fundação João Pinheiro.
Dessa forma, desde 2001 houve a abertura de editais para que diferentes arquitetos enviassem seus projetos que deveriam se basear na sustentabilidade, assim como na facilidade para replicar a execução.
Os ganhadores eram construídos para exposição, como ocorreu em 2005 na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Além disso, a ABCP também realiza treinamentos em diversas regiões do país para ensinar os profissionais locais a criarem protótipos para a replicação do imóvel criado.
Como ele funciona?
O concurso Casa 1.0 era aberto e avaliado por profissionais estabelecidos pela FAU e pela ABCP.
Em relação à participação, estudantes e trabalhadores formados poderiam enviar o seu projeto, tanto de forma individual quanto em grupo.
Para ser aprovado, a localidade precisava seguir os conceitos definidos:
- redução nos custos de construção racionalizadas e uso de materiais e tecnologias eficazes,
- compatibilidade entre o plano estrutural, arquitetônico e de instalação com as tecnologias e materiais empregados,
- ambientes confortáveis, com iluminação natural, bem ventilados e adequados para o recebimento de móveis comerciais,
- facilidade para o usuário ampliar ou modificar sem comprometer o projeto original,
- utilização de materiais e tecnologias locais e acessíveis.
A partir da submissão, os profissionais selecionados faziam uma avaliação criteriosa de cada envio e escolhiam o vencedor.
Minha premiação!
Em 2003 tive o prazer de enviar o meu projeto para o concurso Casa 1.0 UFA/ABCP. Foquei na criação de ambientes humanizados que fossem fáceis e baratos de replicar.
Apesar de não ter ganho o primeiro lugar, ganhei uma menção honrosa por seguir todos os critérios e impressionar os avaliadores.
Desde sempre acreditei que o papel da arquitetura vai além da criação de ambientes bonitos. É uma profissão que envolve questões sociais, sendo a nossa função criar cômodos que sigam as reais necessidades e desejos de cada cliente, independente da sua classe.
Se você está procurando por um escritório de arquitetura para tornar o seu sonho real, conte comigo.
Tenho quase 15 anos de carreira, já desenvolvi mais de 250 projetos e ao longo da minha atuação também fui premiada pelo IAB/RJ, ALERJ e ONU.
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